O educador frente às novas tecnologias
Os recursos tecnológicos são mutáveis e é o sujeito quem decide o que
fazer com esses recursos. A nova tecnologia não é um fator isolado. Ela
está presente nas transformações da vida, no meio sócio-político e
cultural, no mercado de trabalho, nos relacionamentos, nos ideais,
esperanças e sonhos. Cabe ao educador fazer escolhas coerentes com
relação ao lugar apropriado e metodologia de aplicação da tecnologia.
Essas escolhas são fundamentais para que a sociedade possa conquistar,
gradativamente, domínio das ferramentas oferecidas pela informática,
tendo a sensibilidade ética e social de que as nossas instituições de
ensino formam a maioria dos "futuros cidadãos" deste país.
As tecnologias estão aqui, no tempo presente, e não vão embora. Nossa
tarefa como educadores é assegurar que, ao entrar na sala de aula, ela
esteja lá por razões políticas, econômicas e educacionalmente
criteriosas. Devemos estar conscientes, de que o futuro que a tecnologia
promete para nossos estudantes é real, não fictício.
É necessária a reflexão. Cada vez mais, é sentida a necessidade de se
promover uma discussão mais ampla; uma formação acelerada de
especialistas; um conhecimento maior sobre essa realidade do computador
que está aí e, certamente, veio para ficar; uma delimitação de efeitos
positivos e negativos do uso desse recurso na escola através de estudos e
pesquisas.
Existem muitos paradigmas emergentes a serem superados no processo de
informatização da escola. O sujeito é compreendido em função de seu
constante processo de construção, transformando-se a partir de suas
ações sobre o mundo, havendo intercâmbio com o meio, mediante processos
interativos, onde sujeito e objeto são organismos vivos, ativos e
abertos. O ser que se constrói a partir das relações com o mundo físico e
social dá a dimensão sócio-cultural. À medida que constrói a
consciência da estreita comunhão do homem com a totalidade tecnológica,
compreendendo-se como parte integrante do universo, o sujeito projeta-se
como transcendente e co-responsável para construção da realidade
futura.
Cabe ao professor assumir o papel de protagonista da sua própria
formação enfrentando novos desafios, buscando refletir sobre sua própria
prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino –
aprendizagem.
<http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-educador-frente-as-novas-tecnologias.htm> Acesso em: 28 out.2012.